O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou, na manhã desta quinta-feira, uma operação para dar continuidade às investigações sobre possíveis práticas criminosas na administração da Criciúma Construções. Para a operação, o Gaeco de Criciúma contou com o apoio das unidades de Lages, Itajaí e Florianópolis. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão.
Conforme informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), durante esta manhã foram detidos o sócio-proprietário e o diretor financeiro da empresa investigada, bem como um empresário do ramo supermercadista da região. Os mandados de busca e apreensão foram realizadas em cinco residências em Criciúma, um supermercado de Criciúma, uma empresa em Morro da Fumaça, e na sede da construtora em Içara. Todos os mandados foram deferidos pela Juíza da 1ª Vara Criminal de Criciúma.
As investigações indicam a prática de diversas infrações penais, entre elas a venda de apartamentos sem a prévia incorporação imobiliária, estelionato, parcelamento irregular do solo urbano, falsidade ideológica, fraude processual, ocultação de bens provenientes de infração penal e crimes falimentares.
Entenda o caso
Em maio de 2014, o Ministério Público instaurou inquérito civil e procedimento investigatório criminal para apurar atos em tese ilícitos praticados na administração de grande empresa de construção civil que, na época, estava inadimplente com 8.800 consumidores de várias regiões de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, uma vez que os empreendimentos lançados e comercializados por ela estavam todos atrasados ou paralisados.
A partir dessa apuração, o Ministério Público ajuizou 28 ações civis públicas visando proteger os direitos dos milhares de consumidores lesados. Dessas ações, 17 foram ajuizadas na Comarca de Criciúma, um em Forquilhinha, dois em Chapecó, sete em Jaraguá do Sul e um em Joinville.
Fonte:Portal Engeplus